Durante as minhas últimas aulas de arteterapia tenho acompanhado uma série de pessoas muito diferentes de mim. Estou facinado pela quantidade de opiniões e mundos diferentes e ao mesmo tempo tão próximos.

Na turma eu sim que me pergundo o que estou fazendo lá, e lá mesmo eu encontro a resposta: buscando riqueza no conhecimento. Estou muito ciente de como encarei está pós graduação como uma ferramenta de autoreflexão e com esta consegui iniciar uma série de pequenas mudanças de perspectivas de vida e do futuro.

Durante esta caminhada da pós-graduação percebi que tudo o que senti, vi ou ouvi serviu como uma forma de contribuição para ser a pessoa que sou hoje. Esta diversidade é concerteza uma concentração de riquezas culturais e principalmente individuais que nos faz admirarmos o próximo e ao mesmo tempo nos misturarmos com ele, pegando um pouco de suas melhores características e também construindo um novo eu que pode ser muito mais reconhecido em si mesmo.

Percebi que a melhor forma de contornar os problemas é abraçando a diversidade e encarando ela como a maior riqueza que temos. Observe uma floresta, ou o meio ambiente: quanto mais diverso for, mais rico será.

A nossa sociedade também precisa criar esta visão. Começar a compreender as diferenças como uma riqueza e começar a pensar em como tudo isso pode ajudar a pessoa a viver melhor em termos de satisfação com a vida. Isso também pode ser útil para o trabalho e qualquer relacionamento interpessoal.

Entender as diferenças das pessoas e começar a compreender o próximo como um indivíduo dentro de um meio diferente do meu, me trouxe esta visão de que porquê não encaramos esta diversidade como uma riqueza e começamos a “explorar” o próximo.

Gosto muito do verbo explorar no sentido de “buscar riquezas” do próximo. A única diferença é que as riquezas do próximo não podem ser violadas ou extraídas mas apenas admiradas e polidas.

O polimento da riqueza do próximo, dá-se puramente pela admiração e também ênfase da beleza vista pelo admirador. Quando uma pessoa recebe um elogio e aceita, automagicamente toma-o por verdade. O interessante é quando muda pra melhor! e isso aconteceu comigo várias vezes :)

Percebi que várias coisas que passavam despercebidas dentro de mim agora estão tomando forma, sendo polidas e outras tiradas a força ou com muita dor, mas de qualquer forma me sinto feliz por estar mutando e buscando a verdade para mim mesmo.

Durante as aulas entendemos que o ser humano é o ser mais diverso possível. Partindo deste ponto, utilizamos de nossas próprias experiências, aprendendendo com nossos próprios erros e acertos. E o mais legal de tudo isso é que estamos refletindo através da arte usando experiências práticas de manifestação artística em busca do autoconhecimento.

Usar a arte como ferramenta de introspecção é mais um belo exemplo de um processo que envolve diversidade e gera riqueza. Pois é muito mais fácil utilizar uma ferramenta subjetiva para abrir as portas do inconsciente. A subjetividade faz com que seja possível tirar conclusões e verdades próprias sem agressão a sua própria vida. Fazendo com que algumas coisas dolorosas saiam da mente de uma forma mais leve e linear.

Desta maneira, percebo que cada vez que acredito na riqueza de alguém, estou deixando-a mais mais rica em si mesmo, potencializando seus valores.


Share → Twitter Facebook Linkedin


Hello there, my name is Jônatas Davi Paganini and this is my personal blog.
I'm developer advocate at Timescale and I also have a few open source projects on github.

Check my talks or connect with me via linkedin / twitter / github / instagram / facebook / strava / meetup.