Rá! meu primeiro fim de semana na pós graduação
Jônatas Davi Paganini, o que você está fazendo na pós de arteterapia. É isso mesmo? ARTETERAPIA? Mas você não é programador?
Para mim a programação é algo contínuo. Estudo práticamente todos os dias. Busco sempre estar atualizado com a minha profissão pois o auge da tecnologia é estar sempre atualizado então isto faz e têm que fazer parte da minha vida.
Acredito que nada mais justo do que podermos desfrutar de bons métodos terapeuticos que podem ser aplicados em comum uso-fruto das coisas que naturalmente gostamos como da arte e da música. Eu acredito plenamente que nosso desenvolver e aperfeiçoar do nosso ser está totalmente ligado ao nosso prazer, e fazer coisas prazerosas e saudáveis concerteza são curadoras.
A arteterapia ainda está encoberta para mim. Estudar isso passo a passo, acredito que ativará cada vez mais meus sensores que instigam a expressão e a descoberta do próprio ser. Sinto este processo de auto descoberta apaixonante.
Entender a arteterapia vai me ajudar muito a explorar outras diversas opções de mecher com meu cérebro e realmente mudar minha vida.
A primeira aula da primeira matéria foi muito satisfatória, o nome da matéria é biodança, e neste post existem alguns pensamentos sobre a matéria e as vivências.
Transgressão - o início
Desde o início tinha a impressão que o processo seria de auto-desconstrução. E acreditava que fossem pegar mais leve no sentido de que precisamos pensar diferente. Mas parece que a ideia inicial, foi não aceitar a verdade rótulada, a regra já dada, e sempre questionar o conceito já existente.
O nome perfeito para isso é transgressão. Temos primeiro que transgredir para depois conseguir se tornar um real transgressor. E apesar de ter uma conotação forte com “agressão”, neste caso não é.
Ainda sou “café com leite” nisso, mas mesmo assim isso aguçou ainda mais meu interesse em transgredir no dia a dia, ações, palavras e energia. Realmente é necessário quebrar as regras para ver o mundo de outra maneira. Para conseguir entender algumas coisas é preciso aceitar outras, e ainda deixar várias outras para trás.
A alguns anos atrás conquistei minha primeira grande transgressão me mudando para trabalhar de casa. Esta realmente foi minha primeira transgressão de sucesso. Estou completando meu quarto ano em meu home-office e tenho evitado trânsito, telefonemas, visitas e conversas indesejáveis e uma série de outras coisas que existem na muvuca de um escritório. Para conquistar e manter estas “regalias”, geralmente trabalho mais que uma pessoa que sai de casa todos os dias, mas até agora foi impossível se arrepender.
A cientificação do impossível. Como fazer?
Como a mídia faz e transforma a ciência no que quiser, assim também se multiplicam as confusões entre os mitos e realidades. O que acreditar? O que pensar? Como distinguir o que é verdade?
A verdade é o que eu percebo. Aquilo que se manifesta a minha volta e eu consigo reconhecer e entender. Para transcender é necessário perceber o meu mundo, estar nele e reconhecer-me nele. Preciso primeiro conhecer meus sentidos, trabalhar o conjunto dos meus sentidos com a energia do grupo. Entender a necessidade desta relação existêncial e esquecer bem das metas quantitativas.
Viajando de dentro para fora
O universo interior é infinito. Podemos explorar nossa mente, nossos sentidos e decidir por se entregar a esta viagem. Geralmente não viajamos na nossa vida, não para dentro. Não tentando entender tudo que está dentro de nós e como as coisas permanecem dentro de nós.
A viagem interior busca navegar por cada avenida principal, e a cada momento oportuno, dentro do seu tempo, visitar cada ruela e detalhe construído até aí.
O interessante deste processo é que até mesmo uma visita ao passado modifica o presente e “refresca” a memória sobre oque somos e onde estamos.
ps: Viajar têm muito a ver com diversão :D
Viajando em grupo
Gosto muito de grupos, pertencer a eles. Quando estou com um grupo, me sinto parte dele, e geralmente sou invadido por algum tipo de vontade de me sentir ou agir ‘parecido’ com os outros integrantes.
Em atividades aleatórias isto funciona muito bem. Se o grupo for aberto a novas ideias, tudo vai muito bem. Nesta turma que participei das primeiras vivências senti uma integração muito boa de ideias e objetivos em comum.
Cada um na sua viagem
O grupo abre-se para que cada integrante curta sua viagem. As viagens são mais internas do que externas mas quando envolve o grupo, é necessário interagir com os sentidos. Cada sentido do corpo tem uma intensidade e grau de dificuldade para cada pessoa e isto torna cada experiência única.
Além do mais como podemos comparar as experiências? Como podemos organiza-las e metódicamente descreve-las para que sejam comparáveis? Seria isto possível e viável?
Fica mais do que claro que não. O próprio objetivo da viagem não é esse. Apesar de estarmos em um curso de pós graduação, algumas vivências não podem ser qualificadas ou mesmo serem usadas como notas para as matérias, ficando difícil de “cientificizar” a viagem.
Espero que ao longo do curso possa ser proveitoso como estas primeiras aulas.