Já completei três meses na Resultados Digitais e me tornei literalmente um cliente da Consórcio Fenix aqui de Florianópolis. Vou e volto todo dia do trabalho somando 54 km ida e volta. Moro no Ingleses e trabalho no Itacorubi então pego em média 2,5 horas de trânsito por dia. Logo, com uma matemática básica é possível saber que temos 20 dias úteis mês eu significa 50 horas de ônibus por mês. Isso é simplesmente uma QUINTA SEMANA DO MEU MÊS que fico dentro do ônibus.

No começo ficava meio triste de ver as pessoas zombiziando no busão, mas agora não acho que elas estão infelizes ou que aquilo é ruim pra elas só acho que estão aproveitando para dormir mais. Eu ainda não consigo dormir no ônibus. Mas em conta disso já li praticamente 3 livros somente no busão e também estou ouvindo muitos podcasts.

Podcasts

Realmente não consigo escutar podcasts enquanto estou trabahando. Mas no ônibus é muito bom pois é possível escutar em pé com o ônibus balançando, o que é quase impossível de fazer para ler um livro.

Estou ouvindo @rubyrogues, Ruby5, giantrobots e o @grokpodcast para dar uma geral sobre as novidades do ruby e do rails.

E pra dar uma escapada da tecnologia também to aprendendo espanhol com o Learning Spanish Fast.

Online

Nos últimos dias depois de ouvir quase todos os podcasts do passado, ainda assim sobra tempo e estou só ouvindo as mesmas músicas e aproveitando para colocar a casa em ordem: ler e responder todos os emails, acompanhar o hckrnews e outros feeds de tecnologia.

Estar online é muito legal, e enquanto tem banda de internet é possível pra fazer muita coisa apenas com o smartphone.

Eu geralmente aproveito para escolher e publicar algumas das trocentas fotos que eu tiro no instagram, acessar meu facebook e responder emails.

Quando estou no ônibus sempre tenho aquele sintoma de improdutividade e se deixar fico só conectado na internet. Então tento sempre me regrar para não ficar só navegando e deixar os outros consumirem totalmente a minha atenção e tento olhar para dentro e produzir um pouco em offline.

Offline

A vida offine é bem mais difícil no busão e exige mais criatividade e preparo prévio. Ainda tenho dificuldades de manter mais conteúdo para acessar offline. Agora instalei o plugin do google chrome readability que envia os conteúdos que quero ler para o meu kindle e isso é bem legal e eficiente.

Estou pensando em começar a ouvir audiobooks mas ainda não comprei nenhum para iniciar. Já ouvi alguns no passado e curti também. Acho que vou começar pelo The Agile Samurai.

Geralmente tento aproveitar o tempo ócioso de forma criativa. Dentre elas tento:

Esses dias fiquei 45 min dedicados a escrever minha pequena definição estilo mini-bio para falar “quem sou eu?”. Não é fácil escrever e pensar em algumas definições. Tava saindo do busão e não tinha conseguido terminar. Foi de faltar estrada pra tanto assunto da minha cabeça.

As vezes preciso fechar os olhos pra me concentrar em algumas coisas de tanta informação e coisas a minha volta que estão tentando tomar a atenção. As mídias, as redes sociais, as pessoas conectadas.

A internet se tornou parte de nosso ciclo de vida e estar offline é muito bom. É como respirar ar puro. É ir para floresta. Um momento gostoso de silêncio.

Nestas horas de busão eu posso sentir isso. Estar isolado e solo. Posso aproveitar esse momento para falar comigo mesmo. Aproveitar para olhar para dentro e conversar comigo. Sempre tento por uma pitada disso em minhas viagens diárias.

E as pessoas?

Também não sou um cara tão anti-social que não conversa com ninguém e só usa fones de ouvido. Tenho conhecido várias pessoas legais no ônibus e quando elas não estão dormindos ou receosas de conversar eu também aproveito para trocar ideias.

Uma pena que só consegui ir e voltar trocando ideias com outras pessoas algumas vezes, pois em geral sinto as pessoas muito indispostas para conversar nos horários que eu vou. Quando vou um pouco mais tarde, o ônibus geralmente vai cheio de senhoras alegres e aí é impossível não conversar pois elas são muito simpáticas e sempre têm assuntos. Já as pessoas mais jovens tem smartphone e fones de ouvido. Então fica aí duas questões polêmicas para se pensar sobre o nosso futuro de ubiquidade tecnológica:

E você pega o busão todo dia? Como gerencia seu tempo de busão? Pode contribuir com alguma ideia legal pra aproveitar melhor o tempo no busão?


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